
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Miami no Natal

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Natal de Plantão
Natal de plantão
Dizem que nós, jornalistas, somos como médicos. Não temos horário certo de trabalho. Estamos na labuta nos fins de semana e feriados. De vez em quando, damos plantão. Podemos ter turno diurno ou noturno.
Em grandes tragédias, médicos salvam vidas. Jornalistas informam a população sobre a dimensão da situação. Nosso telefone pode tocar de madrugada ou de manhã bem cedo. E foi isso que aconteceu comigo na última semana.
Participando ativamente da cobertura do caso do menino Sean Goldman para emissoras de TV e rádio americanas, meu telefone não parou. Fui acordada de madrugada e quando já ia voltar a dormir, o telefone tocou de novo. NY querendo notícias. LA querendo saber das novas. Houston pedindo informações. Os EUA inteiros ligados na história do pai americano em busca do seu filho “sequestrado” no Brasil, como eles dizem.
O juiz de plantão disse que o resultado sairia na segunda. Todos a postos na porta do hotel onde está hospedado o pai biológico, Sean Goldman. Jornalistas ligando sem parar para o STF em BSB e para os advogados para tentar descobrir alguma informação. A segunda-feira acaba e nada. No news!
Os americanos não entendem. Mas como? O juiz não disse que ia sair hoje? Disse, mas não saiu. O que posso fazer? Mas ele disse quando vai sair? - me perguntam. Disse que deve sair amanhã. Há! Então amanhã sai, né? Bom, ele disse o mesmo hoje, como posso garantir? Meus chefes gringos ficam cada vez mais confusos.
Entrei ao vivo por telefone para rádios americanas diversas vezes nos últimos dias, chegando quase a esquecer que já era anti véspera de Natal. E os presentes que faltam comprar? Paciência, trabalho em primeiro lugar.
Já que não estarei no Brasil 24 e 25, decidimos lá em casa antecipar a data e fazer um jantar pré Natal. Durante todo o dia, entre decorar a casa, comprar os presentes em cima da hora, dar as coordenadas para a equipe do buffet e ir ao salão se embelezar, tive que ficar ligada `a internet e aos coleguinhas que estavam de plantão como eu. E aí, hoje sai? Já está um dia atrasada a decisão, né? Sim, está! Disseram o horário, me perguntam. Não, continuamos aguardando...
Já passavam das 20hs quando achei que pronto, de novo, não era o dia e cheguei a pensar que o resultado só sairia mesmo ano que vem. Recebo a equipe do buffet, unhas feitas, escova perfeita, maquiagem pronta, toda arrumada e cheirosa.
Os convidados começam a chegar. Instaura-se o clima de Natal: muitos presentes, familiares se confraternizando, flashes rolando.
De vez em quando, um email apita no Iphone e sou obrigada a responder.
E eis que bem na hora que começa o amigo oculto, minha querida amiga Luciani, da CNN me liga e fala correndo em vinte segundos: saiu a decisão! Sean vai voltar pros EUA. Não posso falar agora, tchau!
Não acreditei! Em todos os momentos que esta notícia poderia sair, tinha que ser justamente AGORA??? Saí da sala discretamente e vooei pro computador pra informar minha emissora nos EUA. Meu cel não parava de tocar. O tel fixo também. Até o tel do meu marido tocou! (Será que dei esse número também? Ai, meu Deus!).
Escrevi rapidamente meus textos enquanto meu enteado entrava no quarto para avisar que meu presente do amigo tinha sido “roubado”. (Tudo bem, era “amigo roubado” mesmo.) Termino de entrar ao vivo para mais uma rádio e volto pra sala discreta e sorridente. O amigo roubado continua, todos muito animados, bebidinha rolando, comidinhas ótimas. Todos parecem se divertir.
Por dentro, ainda me preocupo em saber se fiz direito meu trabalho e torço para não me ligarem mais. Mas vida de correspondente é assim. A notícia não escolhe hora e ela está sempre em primeiro lugar.
Feliz Natal!
domingo, 20 de dezembro de 2009
Saudade de vô e vó
Estou cobrindo intensamente o caso do menino Sean Goldman para uma rede americana de TV. Todos sabemos que é um assunto delicado, cada um tem uma opinião e não é sobre a minha que quero falar aqui mas sim sobre uma questão que me chamou a atenção.
Lá nos EUA, todos (opinião pública e imprensa) ficam indignados do padastro ter a guarda da criança e dos avós maternos também insistirem que o garoto fique no Brasil com eles. Falam o tempo todo que o Sean está "sequestrado" e que avós não tem direito a nada.
É claro que toda criança deve morar com seu pai e/ou sua mãe. Mas a maneira como eles se referem aos avós, como se fossem uma família muito distante, me fez me dar conta da diferença da relação avô/avó e neto/neta para brasileiros e americanos.
Explico melhor: os americanos dificilmente moram na cidade em que nasceram. Eles costumam sair de casa aos 18 anos para ir `a faculdade que geralmente fica em outro estado. Muitas vezes casam com a pessoa que conheceram no "college" e acabam indo morar numa terceira cidade. Ou seja, se distanciam dos pais vendo-os em férias e ocasiões especiais. Quer dizer, se a relação com os pais já é distante, imagine com os avós... Muito raro o caso de um americano que tenha convivido com os avós semanalmente ou mesmo mensalmente com nós geralmente fazemos.
No Brasil, acontece exatamente o contrário. Temos uma relação intensa com nossos avós. Eles ajudaram nossos pais a nos criar, assim como, provavelmente, vamos ajudar nossos filhos a criar nossos netos.
Quem não conhece casos de mulheres na faixa dos 30 que se separaram e voltaram a morar com os pais (provisoriamente ou não) com um ou mais filhos? E esses avôs, acabam criando o neto junto com a própria mãe: levando na escola, na natação, no balé, e participando ativamente da vida da criança.
No meu caso, por exemplo, meus pais se casaram muito cedo e a casa dos meus avós, que sempre moraram perto, era uma extensão da minha. Desde pequena me acostumei a dormir lá. E adorava!! Quantas noites não passávamos jogando cartas ou o jogo da memória quando era criança. De manhã, aquele café de vó delicioso com direito a ovo quente e milk shake de chocolate. A gente adorava ver meu avô fazendo a barba e ele, de brincadeira, passava creme de barbear em mim e em meu irmão e nos divertíamos muito!!
Na adolescência, meu avô era quem me buscava na aula de sapateado e me levava para lanchar em seguida. Era muito bom!! `As quartas-feiras, minha vó fazia um almoço com as irmãs dela com direito `a visita de uma manicure da família que fazia as unhas de todas. Eu chegava lá direto da faculdade e era presença certa no almoço semanal e no embelezamento das unhas!
Que boas lembranças tenho desses dois que contribuíram para minha educação, me deram muito carinho, amor e ainda uma tremenda força pros meus pais!
Meu marido também me conta histórias memoráveis do seu avô, o patriarca da família, que morava no mesmo prédio que ele e participava intensamente do cotidiano dos netos. Todo dia de manhã eles passeavam juntos com os cachorros pelo calçadão com direito a um mergulho no arpoador. Ele amava e lembra disso até hoje quando passamos por ali. Algumas vezes, ele fugia para casa do avô pra matar aula e o vô o acobertava sem contar nada pros pais dele.
Hoje em dia, o quarto da minha sobrinha na casa da minha mãe é maior e mais equipado do que o dela na casa do meu irmão! E isso é muito comum! Vejo a intimidade e cumplicidade das duas e garanto que quando ela crescer vai sempre querer essa avó por perto.
Os avós costumam babar pelos netos e largar tudo o que estão fazendo para tomar conta deles. Na maioria da vezes fazem isso sem qualquer sacrifício.
Enfim, pobres norte americanos que não tem intimidade com os avós, não crescem almoçando com eles aos domingos e não desenvolvem essa relação tão gostosa que todos temos!
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Brazil with an "S"



sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Dicas de NY
Filmes de Woody Allen nos remetem logo `a maravilhosa NY. Como estive lá recentemente e alguns amigos pediram, vou dar aqui algumas dicas da big apple.
Restaurantes:
Quem estiver passeando pelo Village e quiser um almoço leve sem ser muito caro, sugiro que exprimente o
Bread -
(212) 620-9977
West Village
330 Bleecker St.
New York, NY 10014
ou então, o Sant Ambroeus
(212) 604-9254
259 W. 4th St.
Para quem pode gastar um pouco mais e quer jantar por ali, vale um italiano muito gostosinho, só frequentado por locais.
Lupa
(212) 982-5089
170 Thompson St.
Quem gosta de comida asiática, não pode deixar de ir ao Meatpacking District comer no
Buddakan
(212) 989-6612
75 Ninth Ave.
Outro restaurante muito interessante no Village é o Public - 210 Elizabeth St (212) 343-7011
O cardápio tem um pouco de tudo. A cozinha é elaborada e a decoração bem diferente, como se fosse uma biblioteca. Outro que vc não vê turistas.
Para um delicioso hambúrguer, vá ao famoso
PJ Clarke's
Além do end tradicional na Terceira Avenida - 915 Third AVe. (212) 317-1616,
tem também no Lincoln Square - West 63rd St & Columbus (212) 285-1500
Outro bom de sanduíches e saladas é o Rue 57, na rua do própria nome, num 60 West.
Uma brasserie bem simpática!
Quem é fã de doces, não pode deixar de comer o famoso cup cake da Magnolia Bakery, tão apreciado por Carrie e suas amigas.
Sei que a Magnolia não é novidade para muita gente. Mas além do tradicional endereço no Village - 401 Bleecker St - há uma recém aberta na 120 Av.of the Americas (pertinho da 49th). É imperdível!
Espero que tenham sido úteis. Aproveitem e me contem!
No próximo falarei de peças e compras!
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Novo filme do Woody Allen




quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Musicais no Rio
Dois musicais em cartaz no Rio valem a pena ser conferidos. O primeiro, é “O Despertar da Primavera”, em temporada prorrogada no Teatro Villa Lobos. Escrito em 1891 pelo alemão Frank Weedekind, a peça estreou na Broadway em 2006 e foi um arraso!! Ganhou 8 prêmios Tony! O texto, que, conta a história de um grupo de jovens com seus dilemas típicos da idade, continua super atual!
A versão brasileira é assinada pela dupla Cláudio Botelho e Charles Mueller e traz no elenco, jovens de 14 a 25 anos, estreantes no teatro mas que dão conta do recado direitinho. Destaque para Malu Rodrigues , Pierre Baitelli e Rodrigo Pandolfo.
Para saber mais detalhes, acesse www.despertarprimavera.com.br
Enquanto isso, no centro, depois de uma curta temporada no Teatro Rival, reestréia no Teatro João Caetano, o musical “Carmen Miranda, o it brasileiro”, liderado pela ex-paquita Adrea Veiga, com direção de Antônio De Bonis. Com um elenco afinado de cinco atores, e inspirado na biografia de Ruy Castro, a vida da pequena notável antes de ir para os EUA é contada com muito humor através das suas deliciosas músicas. Um verdadeiro passeio pelo Rio na década de 30 ao som dos nossos melhores compositores da época, como Ary Barroso, Ismael Silva, Dorival Caymmi, entre outros.
Quem gosta de teatro e música não deve perder!
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Belém do Pará
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